Os projetos de pesquisa desenvolvidos junto ao GIRO, coordenados pelos docentes, contam com o apoio da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), além do financiamento de Bolsas de Iniciação Científica pela própria UFOP, pelo CNPq e pela FAPEMIG. Estão vinculados ao Curso de Graduação em Jornalismo da UFOP e alguns também ao Programa de Pós-Graduação em Comunicação, o PPGCOM-UFOP.

PROJETOS ATUAIS

2022 – Atual – Edições especiais de revistas e diferenciação no tempo: trajetórias editoriais e a construção de identidades impressas

No infinito conjunto formado por revistas impressas mundo afora – históricas, atuais, jornalísticas, artísticas, literárias ou culturais – é possível encontrar alguns relevos editoriais. As edições especiais saltam como destaques frente a uma periodicidade e/ou sequência. Nosso interesse, ao perguntar sobre as trajetórias dos periódicos, versa não por aspectos representacionais ou sociais, mas na captura de rastros editoriais que habitam as revistas e permitem forjar uma unidade e uma identidade orientadora de sua produção, recepção e circulação. Propomos um percurso metodológico em três passos. O primeiro envolve uma revisão de literatura ligada a pesquisas de natureza interdisciplinar. O segundo passo consiste na montagem do corpus. Realizaremos um percurso pelos arquivos da Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional e outras Hemerotecas de Arquivos Digitais Públicos e Privados a fim de mapear e identificar edições nomeadas como históricas, especiais ou “de colecionador” de três importantes revistas brasileiras de 1928 a 2007. A ideia é acessar as coleções digitais dos periódicos e recortar, por meio de suas capas, um conjunto de revistas cuja duração histórica atravessa décadas e/ou cujo mote editorial volta- se para a cobertura de acontecimentos e/ou eventos “memoráveis”. As três revistas, O Cruzeiro (1928-1975), Realidade (1966-1976) e Manchete (1952-2007), já deixaram de circular, o que ajuda a pensar um “todo” colecionável, em uma duração completa (ainda que a partir de arquivos incompletos em Hemerotecas Digitais). A pesquisa pretende construir um recorte empírico a partir de alguma publicação (ou publicações/títulos) e tensionar as edições especiais – a partir de seus conteúdos (tomados num sentido mais amplo, que inclui suas materialidades) – aos conceitos que fundamentarão o trajeto investigativo. Por fim, um terceiro movimento diz respeito a uma compreensão das edições especiais como acontecimentos que ajudam a pensar e a interpretar um tempo jornalístico próprio e a maneira como o jornalismo (desses periódicos) lida com o tempo e é por ele afetado.

Equipe – Coordenação: Prof. Dr. Frederico de Mello Brandão Tavares (Chamada CNPq 04/2021); Cecília de Souza Caetano (PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSAS DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA – CNPq/Af-UFOP 2022/2023)

2022 – Atual – Celebridades e Lutas Sociais II: potencialidades afetivas

Estudos recentes vêm trazendo à tona, cada vez mais, a força das celebridades na cultura contemporânea. Ao olhá-las, observamos traços da vida social se articulando e formas de habitar a cultura se evidenciando, favorecendo uma compreensão dos valores sociais contemporâneos (França et al. 2014; Simões, 2012). Nessa pesquisa, propomos refletir como a articulação entre um contexto social de celebritização, tornado manifesto pela trajetória de determinadas figuras públicas, pode tensionar as leituras emergentes sobre o quadro cultural contemporâneo e colaborar para a problematização dos elementos tensionam o mundo social (como questões de gênero, identidade e racismo). Para tratarmos desse tema, sugerimos uma dupla abordagem articuladora de uma processualidade social panorâmica ou metaprocessual (Drissens, 2014), chamada de celebritização, e sua associação a processos e práticas mais ligados à vida cotidiana e à trajetória do célebres, aqui tratadas pelo conceito de celebrificação. Essa abordagem processual vê a celebritização articulada a outros metaprocessos sociais em curso, tensionando o mundo social, bem como afetando a forma como ser célebre se constitui socialmente. Nessa perspectiva, a visibilidade dos célebres afeta dinâmicas sociais mais amplas – do campo cultural, econômico e político – ganhando transversalidade e singularidade no nosso contexto, ao mesmo tempo em que se pode ser compreender a afetação das figuras públicas no quadro social a partir da percepção dos gestos comunicacionais engendrados por eles/as na vida cotidiana. É o conjunto dos valores sociais de cada época, associado às formas de interação e troca social, que vão auxiliar na constituição do sucesso, na adesão e no reconhecimento do lugar dos célebres, bem como na tematização pública de questões. Por um viés comunicacional da construção da trajetória do célebre, realiza-se uma leitura conjugada da constituição midiática dos célebres às práticas interacionais, articuladas ao contexto social mais amplo (FRANÇA, 2014). A partir dessa reflexão integrada pretende-se observar os contornos práticos desse processo social mais amplo ao enfocar a ação dos sujeitos no mundo, bem como o acionamento e a problematização estimulada pelos célebres de temas como racismo, identidade e gênero. Esse olhar combinatório – da celebritização como um metaprocesso e da celebrificação como uma prática – contribui para articular âmbitos sociais mais amplos à dimensão das práticas cotidianas, permitindo que a ação dos sujeitos seja vista à luz (mas não subsumida) por um viés social mais amplo.

Equipe – Coordenação: Profa. Dra. Denise Figueiredo Barros do Prado; Bolsista:  Isadora Ribeiro  (EDITAL PROPPI-UFOP )

PROJETOS ANTERIORES

2021 – 2022 – Edições especiais de revista como diferenciação no tempo: a duração como objeto para apreensão de lógicas editoriais  

As revistas impressas de distintas naturezas (jornalísticas, culturais, literárias etc.), vistas como artefatos editoriais dotados de especificidade, compõem distintas coleções de si mesmas, estruturadas por uma duração e por um conjunto de exemplares que refletem coberturas de momentos históricos e a participação de muitos atores sociais e institucionais. Nas múltiplas coleções físicas de revistas, há um acervo de conteúdos e um inconsciente editorial do qual cada exemplar faz parte e que é também por ele próprio criado continuamente. A partir de tal olhar, este projeto tem como foco a captura de rastros editoriais que habitam as revistas e permitem, em uma duração temporal, manter uma identidade e, consequentemente, uma unidade orientadora de sua produção, recepção e circulação. Tais rastros oferecem possibilidades de reconhecimento de um certo veículo e de sua singularidade ao longo de um intervalo temporal. A pesquisa buscará analisar, no interior de coleções de revistas presentes em hemerotecas digitais (nacionais e internacionais), edições especiais dos periódicos, tomando-as como vetores que convergem características e perspectivas editoriais por meio de uma mixagem de tempos em discursividades e materialidades encerradas por um mesmo espaço gráfico e sob uma certa atualidade.

Equipe – Coordenação: Prof. Dr. Frederico de Mello Brandão Tavares; Bolsista: Joana Rosário (PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSAS DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA – PIP-UFOP 2021/2022) e Matheus Ramos de Camargos da Silva (PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSAS DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA – PIP-UFOP 2021/2022)

2020 – 2022 – A representatividade feminina no mercado de trabalho: um mapeamento das abordagens de gênero, raça e classe social em Marie Claire

Este projeto propõe uma reflexão sobre a postura editorial da revista Marie Claire ao tratar questões sobre gênero, raça e classe social no mercado de trabalho. Além do engajamento da revista em relação ao feminismo contemporâneo, observamos a contradição entre o “ativismo editorial” e a pauta com ênfase nas histórias de vida das mulheres que ocupam lugares de liderança e/ou exemplos que “deram certo”. Percebe-se que a revista minimiza outras realidades, como as das mulheres em condição de desemprego ou que experimentam duplas jornadas de trabalho para complementar a renda familiar, entre outras experiências de desigualdade de gênero, muitas vezes atravessadas pela sua condição de raça e classe social. Tal postura não discute efetivamente as contradições que tangenciam a inserção da grande maioria das mulheres brasileiras no mercado de trabalho. Neste sentido, instiga-nos pensar sobre como Marie Claire aborda a representatividade feminina no mercado de trabalho na interseção entre gênero, raça e classe social.

Equipe: Profa. Dra. Michele da Silva Tavares (líder); Profa.Dra. Márcia Rodrigues da Costa; Discente voluntário: Fernando Rodrigues Paniago de Oliveira (Edital Nº 27/2019-PIP-1S/UFOP MIGRADO PARA O PROGRAMA PIVIC-1S/  UFOP Nº 26/2019).

2021 – 2022 – Celebridades e Lutas Sociais: tensionamentos, fissuras e fraturas do contemporâneo

Nesta pesquisa, propõe-se a refletir sobre como os processos de midiatização e celebritização, enquanto metaprocessos sociais, afetam e reconfiguram as formas de visibilidade contemporânea e circulação cultural. Essa abordagem, para além de permitir uma análise da emergência de diversas figuras públicas nos múltiplos campos sociais, afetando dinâmicas interinstitucionais, permite perceber como novos discursos e perspectivas para compreender a vida social se tornam emergentes e tensionam o quadro intercompreensivo da sociedade. Para problematizar a emergência dessas novas perspectivas para compreender as relações sociais, aciona-se a matriz conceitual do pensamento decolonial, diante das possibilidades de reinterpretação e revelação de fissuras e tensionamentos nos processos de construção intersubjetiva do mundo social. A fim de desenvolver análises empíricas, serão analisadas trajetórias midiáticas de artistas célebres, cuja produção cultural e atuação pública está vinculada às problematizações e críticas ao racismo, bem como tematizações relacionadas às identidades culturais e ao gênero. A metodologia de pesquisa envolve uma articulação entre pesquisa bibliográfica e contextualização sócio-histórica das formas de visibilidade contemporânea, assim como uma análise da trajetória biográfica e da produção cultural dos/as artistas analisados/as.

Equipe – Coordenação: Profa. Dra. Denise Figueiredo Barros do Prado; Bolsista:  Lais Limonta Gonçalves  (EDITAL PROPPI-UFOP 04/2021 – PROGRAMA PIBIC/CNPq)

2019 – 2021 – Midiatização, celebridades e legitimidade cultural: os processos contemporâneos de construção do valor (PÓS-DOC)

Este projeto propõe refletir sobre como se desenvolvem os processos de valorização das práticas culturais no contexto de celebrização e midiatização do campo da cultura. Para isso, problematiza os processos contemporâneos de legitimação cultural, a emergência das celebridades e as transformações das modalidades interacionais na sociedade midiatizada. Metodologicamente, sugere-se articular as discussões teórico-analíticas associadas aos conceitos de midiatização, cultura e celebridades, a uma reflexão empírica da trajetória midiática de algumas figuras públicas (Anitta, Emicida e Marilia Mendonça), a fim de observar as transformações culturais emergentes. Para operacionalizar o estudo destas trajetórias midiáticas, deve-se desenvolver três eixos analíticos: contextual, interacional e formal/discursivo. A hipótese central deste trabalho é se vive uma mudança na construção do valor cultural devido a uma transformação significativa nas formas de interação social, marcadas pela midiatização, que afeta os processos de constituição do valor cultural. A constituição do valor cultural envolveria, entre outros elementos, a emergência e o fortalecimento de figuras públicas capazes de capitalizar sua visibilidade em prol de políticas de valorização e legitimação cultural.

Equipe – Coordenação: Profa. Dra. Denise Figueiredo Barros do Prado; Supervisor: Prof. Dr. João Freire Filho (PPGCOM-UFRJ), com apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq (Processo: 160879/2019-1). 

2019 – 2020 – A (in)visibilidade dos corpos e o ativismo editorial em Marie Claire: modos de aparição dos sujeitos e apropriações simbólicas

Este projeto propõe uma reflexão sobre a postura editorial da revista Marie Claire ao pautar questões relacionadas ao corpo feminino. Além do engajamento da revista em relação ao feminismo contemporâneo, chama-nos a atenção o fato de que a escolha das vozes que tratam das questões do corpo, confere às celebridades um protagonismo na discussão, enquanto as pessoas com pouca visibilidade midiática ocupam papel assessório ou coadjuvante, muito embora protagonizem lutas e militâncias em seus corpos e histórias de vida. Tal postura editorial sugere uma segmentação por classe social na forma de pensar e vivenciar o feminismo. De modo geral, a postura editorial de Marie Claire instiga uma reflexão sobre as reverberações simbólicas em torno da dimensão política dos corpos e as contradições subjacentes, sejam eles “visíveis” ou “invisíveis. Para esta empreitada, pretende-se refletir sobre a presença emergente do feminismo na mídia e sua importância no processo de visibilidade dos corpos; o entendimento da celebridade como bem de consumo e importante capital simbólico agregado ao seu nome; e a revista enquanto produto e seu ativismo editorial. Do ponto de vista metodológico, o trabalho caracteriza-se como estudo de caso, mesclando a análise de conteúdo para categorização dos temas associados e as vozes acionadas para tratar das questões do corpo feminino (tipologia dos corpos) e propomos uma leitura crítica da revista, para compreensão dos sentidos da enunciação, à luz dos fundamentos teóricos da perspectiva semiótica verbo-visual, defendida por Gonzalo Abril (2007).

Equipe – Coordenação: Profa. Dra. Michele da Silva Tavares; Bolsista: Karine de Oliveira Costa (EDITAL 03/2019 PIBIC/CNPq-2019-2020)

2019 – 2020 – Identidades colecionáveis: lógicas de arquivo na confecção e atualização jornalísticas de uma dupla memória editorial (PÓS-DOC)

Esta proposta de pesquisa tem por interesse pensar sobre como o tempo social contemporâneo remete também ao tempo “biográfico” de produtos impressos e suas relações com um público, uma duração entre o “eu” e o “outro”, entre fatos de vida e fatos históricos, entre memória e ficção, como nos coloca Arfuch (2010). No “espaço biográfico”, como propõe a autora, estão reunidas diversas memórias – individuais e coletivas – narradas (em diferentes manifestações – na literatura ou em outras áreas), nas quais estão presentes traços de textos ou discursos variados; daí a existência de uma intertextualidade ou interdiscursividade neste espaço. A “transposição” dessa lógica, em diálogo com a criação de documentos “históricos” propostos pelas revistas (edições especiais de periódicos), associa a perspectiva de uma escrita biográfica (em curso) a outros contornos e montagens narrativas, que operam com um conjunto de saberes arquivísticos, jornalísticos entre outros. E os reúne a fim de construir um objeto colecionável. Objeto este que revela uma identidade editorial e ao mesmo tempo uma dupla memória: do próprio periódico e daquilo que ele propõe como memorável. A proposta principal da investigação busca compreender a composição e atualização de identidades editoriais jornalísticas a partir do estudo de lógicas de arquivo e memória presentes em edições especiais de revistas impressas. O objetivo central pretende buscar uma historicidade da editoração que acompanha produtos jornalísticos impressos e suas respectivas identidades editoriais.

Equipe – Coordenação: Prof. Dr. Frederico de Mello Brandão Tavares; Supervisora: Profa. Dra. Geraldine Rogers (Universidad Nacional de La Plata, UNLP, Argentina)

2018 a 2019 – Midiatização e celebridades: as práticas culturais na contemporaneidade 

Este projeto propõe refletir sobre a emergência de uma nova economia do valor cultural no cenário cultural contemporâneo através da análise da constituição da trajetória midiática e do processo de celebrização de Emicida. Para dar conta desta questão, desenvolve-se três eixos de conceituais de problematização: (a) o contexto da sociedade midiatizada, (b) a construção do valor cultural nas sociedades contemporâneas e (c) o processo de construção social das celebridades. Define-se como recorte empírico para este estudo a trajetória midiática e o processo de celebrização do rapper Emicida, por meio da investigação de quatro momentos de inflexão da carreira do artista: 1. a conquista de reconhecimento local nas “batalhas” de rap; 2. O lançamento do seu primeiro álbum cujas parcerias o inscreveram no cenário musical brasileiro; 3. A aparição nos festivais internacionais (especialmente o Coachella, que lhe deu projeção internacional); 4. O desfile na São Paulo Fashion Week do Laboratório Fantasma, marca criada pelo rapper para atuar no mundo da moda e da produção musical. Com isso, pretende-se compreender como são alinhavados a caracterização e a categorização social da sua produção musical e, em sintonia com esta abordagem, reconhecer o papel do artista na projeção e reconhecimento social do gênero.

Equipe – Coordenação: Profa. Dra. Denise Figueiredo Barros do Prado; Bolsista: Karla Beatriz César de Paulo Rezende (PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSAS DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA – PIP-UFOP 2018/2019)

2018 a 2019 – Reconhecimento do tempo e identidades editoriais nas revistas TRIP e TPM  

Esta proposta de pesquisa é uma continuação do projeto “Celebrações editoriais em TRIP e TPM: reconhecimento do tempo e afirmações identitárias”, desenvolvido junto ao Departamento de Jornalismo e ao Programa de Pós-Graduação em Comunicação da UFOP. As revistas TRIP e TPM, ambas publicadas pela TRIP Editora, ao longo de mais três décadas no mercado editorial brasileiro, têm como uma de suas estratégias de afirmação identitária, a celebração de seus preceitos editoriais. Em mais de 30 anos, no caso de TRIP, e de 15 anos, no caso de TPM, as publicações lançaram edições comemorativas que ora corresponderam a ?aniversários? de ambas as revistas, ora apontaram para números especiais, como, por exemplo, a centésima edição. Nesse contexto, articularam questões referentes à uma memória própria e também coletiva, fazendo emergir tanto ideias sobre passado, presente e futuro, como eixos biográficos e sociais, quanto contradições sobre suas visões de mundo e princípios de cobertura sobre temas e acontecimentos específicos. Diante desse contexto, o projeto busca seguir com a análise das edições comemorativas de TRIP e TPM, observando relações existentes entre ações de autorreferencialidade midiática e lógicas próprias de celebração editorial em dois meios de comunicação consolidados no mercado de revistas brasileiras. Na primeira fase da pesquisa, as análises levaram à: 1) percepção acerca da memória como tema transversal das pautas da publicação, 2) a representação do passado e futuro como eixos temporais para os quais se volta a revista e 3) a manifestação do presente a partir de campos temáticos que nomeiam a contemporaneidade como temporalidade difusa e controversa, da qual as publicações fazem parte e ao mesmo tempo sobre a qual as revistas tentam elaborar uma visada jornalística crítica. A partir desse percurso, pretende-se questionar agora sobre uma espécie de pretenso “jornalismo de vanguarda” ou “jornalismo militante” constituído pelas revistas, problematizando as contradições e complexidades reveladas pela identidade editorial explicitada nas publicações, com base num movimento de autoafirmação de seus preceitos e na compreensão do referente tempo como um vetor da duração que elas defendem para suas próprias existências inserem neste contexto.

Equipe – Coordenação: Prof. Dr. Frederico de Mello Brandão Tavares; Bolsista: Maria Raimunda dos Santos (EDITAL 01/2018 – PIBIC/UFOP/CNPq-Af- 2018-19)

2018 a 2019 –  A revista Galileu e o jornalismo representativo: uma análise da visualidade das capas e reportagens especiais na cobertura de assuntos ligados às ciências humanas e ciências sociais aplicadas

Este projeto propõe uma reflexão sobre o jornalismo representativo da revista Galileu motivada pela última mudança no projeto editorial e gráfico da revista, em 2015. Atenta às demandas da sociedade, a revista passou a enfatizar a representatividade de assuntos ligados às ciências humanas e sociais aplicadas, rompendo com o padrão de cobertura voltado ao “hard science” (ou “ciências duras” – exatas e biológicas) de outras publicações especializadas em ciência. Ao longo de quase três anos de reformulação, Galileu passou a abordar temas como identidade de gênero, novos tipos de relacionamentos, ativismo na Internet, moda e consumismo, bullying, entre outros temas que possuem uma dimensão de representatividade no espectro do debate público. Interessa-nos, portanto, compreender que jornalismo representativo é esse que Galileu vem se propondo a fazer ao longo dos últimos anos, a partir da visualidade de suas capas e reportagens especiais e, também, refletir sobre como a revista aciona e tensiona o imaginário coletivo ao abordar temas caros às ciências humanas e ciências sociais aplicadas.

Equipe – Coordenação: Profa. Dra. Michele da Silva Tavares; Bolsista: Juliana Penna Folhadella (EDITAL 01/2018 – PIBIC/CNPq-2018-19)

2017 a 2018 – Artesanato e Cultura Midiática II: os sujeitos artesãos e a prática cultural 

Este projeto propõe analisar como as artesãs marianenses compreendem sua prática cultural e a veem em diálogo e inserida na cultura contemporânea. Isto se deve, especialmente, pela observação de que vem se tornando cada vez mais comum a venda de produtos artesanais no comércio de Mariana com sinais marcadamente midiáticos, como bonecos de pano feitos a mão à imagem dos desenhos Peppa Pig, Galinha Pintadinha e Super-Heróis da Marvel e Chaves. Nesta abordagem, pretende-se entrecruzar uma análise contextual compreendendo o lugar da mídia na reconfiguração das relações sociais e da cultura, bem como uma compreensão sobre como as artesãs compreendem sua prática cultural e a inserem neste contexto. Propõe-se analisar a fala dessas artesãs, registradas a partir de entrevistas em profundidade realizadas na fase I deste projeto, nas quais são tematizadas suas relações com as suas práticas culturais, suas aprendizagens e a constituição de seu repertório cultural.

Equipe – Coordenação: Profa. Dra. Denise Figueiredo Barros do Prado; Bolsistas: Thalia Aparecida Gonçalves (PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSAS DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA – PIBIC/UFOP/CNPq – 2017/2018), Letícia Mikaella Lopes de Souza (PROGRAMA DE BOLSAS INSTITUCIONAIS DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA JR. – FAPEMIG – 2017/2018) e Sabrina Vicentina de Jesus (PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSAS DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA A ESTUDANTES DO ENSINO MÉDIO – PIBIC Jr./UFOP/CNPq – 2017/2018)

2017 a 2018 – diversidade como fio editorial em TRIP e TPM: reconhecimento do tempo e afirmações identitárias  

A pesquisa aqui proposta busca dar sequência ao projeto A diversidade como fio editorial em TRIP e TPM: moralidades e valores de um só mercado?. No primeiro momento, buscou-se observar relações existentes em acionamentos acontecimentais e temáticos no jornalismo, questionando a incorporação da diversidade como elemento editorial em um circuito de sentidos incorporado por uma mesma instituição e materializados, jornalisticamente, em duas publicações de idêntica periodicidade, semelhantes visões de mundo, mas voltadas para distintos públicos: as revistas TRIP e TPM. Buscou-se, desde agosto de 2016, percorrer a transversalidade originada pela representação da diversidade em tais revistas e, desse modo, compreender as afetações e/ou determinações que nela aparecem, concretizando a diversidade como perspectiva editorial e, ao mesmo tempo, trazendo à sua representação aspectos de uma problemática mais ampla, indicadora de lacunas e questões ideológicas. Para este momento seguinte, a partir dos primeiros resultados obtidos, principalmente após levantamento e problematização do acervo digital das publicações, busca-se, tendo como objeto edições comemorativas de TRIP e TPM, observar as relações existentes entre ações de autorreferencialidade midiática e lógicas próprias de celebração editorial em meios de comunicação consolidados no mercado de revistas brasileiras. Dessa forma, pretende-se compreender as dinâmicas que aparecem na configuração de edições especiais de publicações específicas, problematizando de que maneira edições comemorativas, mais que revelar traços identitários de um periódico, apontam para relações do jornalismo com temporalidades sociais e também com a representação do próprio tempo como categoria e gancho jornalísticos.

Equipe: Coordenação: Prof. Dr. Frederico de Mello Brandão Tavares; Bolsistas: Maria Raimunda dos Santos (EDITAL 01/2018 – PIBIC/UFOP/CNPq-Af- 2018-19) e Matheus Nascimento Matias Bragansa (10/2017/PROGRAMA DE BOLSAS DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLOGICA DA FAPEMIG)

2017 a 2018 – A Moda em Revista: Uma Análise Sobre a Cultura Visual e a Representação de Gênero nas Revistas Segmentadas Femininas 

Neste projeto, propomos uma reflexão sobre a relação da moda e das revistas segmentadas femininas com a representação de gênero na sociedade brasileira. Trata-se de uma investigação a respeito da cultura visual aplicada às revistas segmentadas e à forma como essas publicações abordam questões de cunho social. Como objetivos específicos, a pesquisa prevê a identificação dos elementos presentes na composição verbo-visual das revistas, que podem ser chaves de leitura para a “caracterização” de gênero. Além disso, pretende-se refletir sobre os sentidos que emergem da visualidade das revistas e, por fim, verificar se elas reforçam padrões de comportamento ou se rompem com o discurso hegemônico de representação de gênero no mundo da moda. Para tal, propomos uma leitura crítica das revistas femininas de moda e das revistas femininas com conteúdo de moda, à luz dos fundamentos teóricos da cultura visual e da perspectiva semiótica verbo-visual, ambos defendidos por Gonzalo Abril (2007), que considera três dimensões de análise: o nível visual, o nível do olhar e o nível da imagem.

Equipe – Coordenação: Profa. Dra. Michele da Silva Tavares; Bolsista: Nayara Tame Freitas de Lagares (EDITAL 01/2017 – PIBIC/UFOP/CNPq-2017-18) e Gabriel Rodrigues de Lima (EDITAL 03/2017 – PIP-2S/UFOP-2017-18)

2016 a 2018 – Artesanato e Cultura Midiática: o atravessamento do midiático no artesanato marianense 

Este projeto propõe analisar como a cultura midiática atravessa a produção artesanal em Mariana e reconfigura sentidos sobre a cultura popular. Isto se deve, especialmente, pela observação de que vem se tornando cada vez mais comum a venda de produtos artesanais no comércio de Mariana com sinais marcadamente midiáticos, como bonecos de pano feitos a mão à imagem dos desenhos Peppa Pig e Galinha Pintadinha, por exemplo. Nesta abordagem, pretende-se entrecruzar uma análise contextual compreendendo o lugar da mídia na reconfiguração das relações sociais e da cultura, bem como uma análise estrutural destes objetos culturais. Propõe-se estudar esses objetos artesanais enquanto forma cultural, dotados de características que os singularizam, analisando-os em seus aspectos intencional, estrutural, convencional, referencial e contextual (conforme metodologia de análise cultural proposta por Thompson (1999).

Equipe – Coordenação: Profa. Dra. Denise Figueiredo Barros do Prado; Bolsistas: Caroline Natale Melquiades Rooke (PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSAS DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA – PIP-UFOP 2016/2017) e Sabrina Vicentina de Jesus (PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSAS DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA A ESTUDANTES DO ENSINO MÉDIO – PIBIC Jr./UFOP/CNPq – 2016/2017)

2016 a 2017 – A diversidade como fio editorial em TRIP e TPM: moralidades e valores de um só mercado? 

As revistas TRIP e TPM, ambas publicadas pela TRIP Editora, lançam regularmente edições de mesma temática, tratando-a ora com repetição de textos nos dois títulos, ora com matérias específicas, enquadradas segundo as seções e o viés de cada revista (uma pretensamente voltada para o público masculino e outra para o feminino). Todos esses temas seguem uma orientação editorial direcionada para a diversidade e operam alguns movimentos: ora explicitam assuntos caracterizadamente voltados ao conceito (questões de gênero, sexualidade, etnia etc), ora lançam assuntos universais (como amor, fome, religião etc) e os colocam em perspectiva crítica, indicando uma posição que endereça uma mesma visão de mundo que permeia o primeiro movimento, de explicitação. Este projeto busca observar relações existentes em acionamentos acontecimentais e temáticos no jornalismo, questionando a incorporação da diversidade como elemento editorial em um circuito de sentidos incorporado por uma mesma instituição e materializados, jornalisticamente, em duas publicações de idêntica periodicidade, semelhantes “visões de mundo”, mas voltadas para distintos públicos. Tendo como objeto as revistas TRIP e TPM, busca-se percorrer a transversalidade originada pela representação da diversidade em tais revistas e, desse modo, compreender as afetações e/ou determinações que nela aparecem, concretizando a diversidade como perspectiva editorial e, ao mesmo tempo, trazendo à sua representação aspectos de uma problemática mais ampla, indicadora de lacunas e questões ideológicas.

Equipe: Coordenação: Prof. Dr. Frederico de Mello Brandão Tavares; Bolsistas: Maria Raimunda dos Santos (04/2016/PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSAS DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA – PIBIC/UFOP/CNPq 2016/2017); Igor Pereira Mattos (06/2016/PROGRAMA DE INICIAÇÃO À PESQUISA – 2º SEMESTRE – PIP/UFOP 2016/2017) e Matheus Nascimento Matias Bragansa (10/2016/PROGRAMA DE BOLSAS DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA DA FAPEMIG 2016/2017)

2015 a 2016 – Da família para a mulher: Alterosa e o feminino como fio editorial 

O presente projeto, última etapa do estudo sobre a revista Alterosa, iniciado em 2013, pretende concretizar a investigação sobre este importante veículo mineiro colocando em cena a presença da mulher na publicação e como a orientação do feminino pode ser vista tal qual um fio condutor que perpassa tanto as dimensões propriamente ditas desta revista de família (suas fases editoriais, conteúdos e formatos) quanto a oscilação e complexidade de seus diálogos com a vida social, o que nos leva a entender os motivos de seu fechamento e também a consolidação da segmentação como elemento característico do mercado editorial brasileiro a partir dos anos 1960. Tal proposta, resultado de momentos complementares de pesquisa, está fundamentada pelos achados de dois percursos que problematizaram: 1) entre 2013 e 2014, a relação da revista com seus leitores (aspectos discursivos e presença do leitor em seções da revista), o perfil dos conteúdos veiculados (análise de conteúdo das edições e diferenças temporais a partir de um fluxo editorial), as marcas identitárias do posicionamento editorial das revistas (slogans, publicidade e editoriais); e, 2) entre 2014 e 2015, a totalidade de Alterosa (consideradas aí suas marcas editoriais e o papel destas na compreensão de um estágio específico da editoração mineira e brasileira em meados do século passado) por meio de um mapeamento do mercado editorial brasileiro e mineiro da época em que circulou a revista e de uma análise da estrutura editorial da publicação como um todo, dissecando suas seções e compreendendo os sentidos de seus conteúdos e temáticas. Esta fase atual da pesquisa, além de partir das 68 edições digitalizadas da coleção do Arquivo Público da Prefeitura de Belo Horizonte, fonte documental dos primeiros anos da análise, explorará outras 234 edições digitalizadas de Alterosa, disponibilizadas recentemente pela Biblioteca Nacional.

Equipe: Coordenação: Prof. Dr. Frederico de Mello Brandão Tavares; Bolsistas: Alexandro Galeno da Costa (04/2015 AF/PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSAS DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA – AÇÕES AFIRMATIVAS – PIBIC-AF/UFOP/CNPq 2015/2016) e Hariane Santos Alves (06/2015/PROGRAMA DE INICIAÇÃO À PESQUISA – 2º SEMESTRE – PIP/UFOP 2015/2016)

2015 a 2016 – Mídia e valorização cultural: a construção de celebridades 

Este projeto é uma segunda fase do projeto anterior, no qual o objetivo era problematizar como a mídia participa dos contemporâneos processos de valorização cultural não somente como instância de visibilidade, mas também como instância de categorização e valorização cultural. Neste momento, procurou-se, a partir da trajetória midiática de Gaby Amarantos, analisar como sua presença forte demarcou um lugar cultural ao tecnobrega enquanto gênero musical. Durante o desenvolvimento desse projeto, percebemos que não somente o tecnobrega passou por um processo de definição e classificação midiática pela aparição da artista, como também a criação de uma figura célebre fortaleceu o gênero em face das demais produções culturais contemporâneas. Diante disso e buscando dar continuidade a esse estudo, nesta segunda fase, agora num novo projeto, temos problematizado como o surgimento e visibilidade midiática alcançada por celebridades de determinadas práticas culturais contribuem para a caracterização e valorização das práticas performadas por esses artistas. O objetivo deste novo projeto passa também pela compreensão do lugar dos sujeitos na inscrição social de suas ações criadoras. Assim, propomos a influência da artista na definição das características e valor das práticas culturais por ela engendradas. Desta maneira, definimos como problema de pesquisa a seguinte questão: Como a construção de um lugar de celebridade à Gaby Amarantos afeta o discurso de valor do tecnobrega e a posiciona no cenário cultural contemporâneo.

Equipe – Coordenação: Profa. Dra. Denise F. B. do Prado

2014 a 2015 – Mídia e valorização cultural: a atuação da instância midiática nos processos de valorização das práticas culturais emergentes

Este projeto de pesquisa tem como objetivo analisar como a mídia participa dos contemporâneos processos de valorização cultural não somente como instância de visibilidade, mas também como instância de categorização e valorização cultural. Para tanto, propomos a análise do tecnobrega, um tipo de produção musical paraense que vem ganhando projeção na mídia, a partir da visibilidade midiática que vem conquistando com a ascensão da artista Gaby Amarantos. Através da trajetória midiática dessa artista, buscaremos apreender o tratamento dessa prática cultural, olhando para os seguintes elementos: lugar de fala construído para a artista e sua produção musical; as tematizações sobre o valor cultural das produções paraenses; as articulações tecidas entre as produções da artista e o cenário cultural brasileiro contemporâneo; e, ainda, como o espaço midiático ocupado pela artista está associado a formas de atribuição de valor. Em nossa análise, conferiremos ênfase à dinâmica da interação tecida no interior dos programas midiáticos a serem recortados, bem como ao enquadramento que as emissões ? e seus respectivos formatos ? oferecem para acolher as interações que aí tem lugar. Assim, essa pesquisa visa compreender o lugar da instância midiática nos contemporâneos processos de valorização cultural.

Equipe – Coordenação: Profa. Dra. Denise F. B. do Prado; Bolsistas: Thaís Barbosa de Medeiros (PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSAS DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA – PIP-UFOP 2014/2015) e Filipe Monteiro da Costa Lago (PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSAS DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA – PIP-UFOP 2014/2015)

2014 a 2015 – Revista Alterosa nas tramas da editoração mineira e brasileira em meados do século XX 

A pesquisa busca analisar as marcas da editoração jornalística mineira e brasileira em meados do século XX a partir do estudo da revista Alterosa, extinta publicação mensal editada em Belo Horizonte. Nas páginas de Alterosa, pode-se dizer, há duas importantes dimensões entrecruzadas: uma propriamente histórica, que caracteriza a revista como documento e faz dela o registro de uma época, por meio do qual, entre assuntos jornalísticos (e publicitários), é possível perceber um circuito cotidiano de valores e acontecimentos; e outra, propriamente técnica, que diz respeito, a maturação do jornalismo de revista a partir de pautas, formas textuais, projetos editoriais e gráficos, bem como condições materiais de produção. Tal entrecruzamento ainda traz consigo um terceiro elemento, de ordem contextual, que se refere ao mercado editorial da época, às revistas concorrentes de Alterosa, bem como aos modelos vigentes no período em que ela circulou, criando, no todo, um cenário importante para a reflexão e o entendimento de suas configurações. Com base nesse universo, busca-se refletir sobre o papel de uma revista mensal ilustrada no contexto belo-horizontino e em seu mercado jornalístico, observando-se como o produto incorpora, por meio de características editoriais especificas, bem como de conteúdos pontuais, marcas de processos editoriais de grande importância para a consolidação do mercado editorial e deste ramo da indústria cultural no país. Metodologicamente, a pesquisa partirá da análise das edições da coleção do Arquivo Público da Prefeitura de Belo Horizonte e da Hemeroteca Histórica da Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais, disponíveis para consulta em formato digital e impresso, respectivamente. Por meio de um recorte a ser construído pelo trabalho da equipe, explorar-se-á um grande número de exemplares, pretendendo, sob um olhar jornalístico e comunicacional, desvelar o produto revista em questão, a Alterosa, e as tramas que compõem sua totalidade editorial.

Equipe: Coordenação: Prof. Dr. Frederico de Mello Brandão Tavares; Bolsistas: Alexandro Galeno da Costa (99/2014/PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSAS DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA – PIBIC/UFOP/CNPq 2014/2015) e Hariane Santos Alves (99/2014/PROGRAMA DE INICIAÇÃO À PESQUISA – 2º SEMESTRE – PIP/UFOP 2014/2015)

2013 a 2014 – Identidade Social e Editorial nas páginas da Revista Alterosa (1939 – 1964)

A pesquisa busca analisar a constituição da identidade editorial da revista Alterosa, extinta publicação mensal editada em Belo Horizonte, atentando-se para o imbricamento de sua produção e materialidade com a representação de uma identidade mineira em meados do século XX. Durante as quase três décadas em que circulou, a revista construiu formas de representar o universo regional, inserindo-o, a partir do contexto da época, em uma nacionalidade e em uma internacionalidade, ambas enredadas por um público imaginado específico, familiar, cujas tradições e hábitos abordados não apenas criavam e fomentavam um circuito editorial delimitado, como também apresentavam, jornalisticamente, uma espécie de ética da mineiridade, exposta pelos conteúdos escolhidos e pelo tipo de tratamento que ali recebiam. Com base em um ponto de vista primordialmente comunicacional e suas interfaces históricas, pretende-se desenhar e compreender a trajetória da Alterosa, observando a composição daquilo que nela emerge e se constrói a partir do tensionamento indissociado entre processos identitários sociais, culturais e editoriais.

Equipe: Coordenação: Prof. Dr. Frederico de Mello Brandão Tavares; Bolsistas: Bianca Lemos Cobra (Edital PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSAS DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA – PIBIC/UFOP/CNPq – 2013/2014) e Janine Letícia dos Reis ( Edital PROGRAMA DE INICIAÇÃO À PESQUISA – PIP/UFOP 2013/2014)